O jornalista Luiz Henrique Freitas, coordenador de redação da Rede Minas e apresentador do programa Opinião Minas, esteve, nesta segunda-feira (22), no Centro Universitário Newton Paiva, para um bate papo com alunos do curso de jornalismo. Com 25 anos de experiência, a maior parte deles em TV, Freitas acompanhou de perto os avanços e as mudanças da profissão, pela qual se declara apaixonado.
Sua história com o Jornalismo começou quando o pai decidiu vender um carro, no fim dos anos 1970, para um dos diretores da TV Globo Minas, e, por acaso, arranjou o primeiro emprego para o filho. A oportunidade foi na área técnica da emissora. Luiz Henrique se lembrou dos plantões na madrugada, enquanto aguardava geração dos programas da sede (Globo Rio) para as afiliadas. “Além de todo aprendizado, a grande vantagem dessas noites perdidas, era chegar em casa, de manhã, por dentro dos capítulos das novelas que só iriam ao ar, à noite”, brincou.
Esse primeiro contato com a profissão, que na época não oferecia estágios, foi decisivo para que se matriculasse no curso de comunicação, em 1983, na Newton Paiva. Já formado, Luiz Henrique passou pelas principais TVs do estado (Globo, Manchete, Rede Minas, Alterosa, TV UFMG) e em funções variadas: começou como repórter, foi editor-chefe, chefe de reportagem, de redação, editor de imagens e editor-executivo, além de professor em faculdades da capital e interior.
Durante a palestra, Luiz Henrique apontou as assessorias de imprensa como um crescente mercado de trabalho para os novos jornalistas. Chamou a atenção dos estudantes para a importância do estágio em boas empresas e falou do apurador, como peça fundamental para a realização de uma boa reportagem. “As tecnologias atuais ajudam muito, mas jornalista tem que ter faro, saber se adaptar, e, principalmente, topar desafios”, recomendou. Como exemplo disso, passou a palavra ao estagiário Philippe Hipólito (7° período), que se desdobra em apurador, produtor e, às vezes, até, em diretor do Opinião Minas, programa de entrevistas apresentado por Luiz Henrique na Rede Minas de Televisão (de segunda à sexta feira, ás 08h45min). Seu desafio atual.
E o jornalista citou ainda algumas coberturas que exigiram dele e equipe, essa capacidade de improvisação: o funeral do Papa João Paulo II, em 2005 (TV Alterosa); a greve dos perueiros de Belo Horizonte, em 2001 (quando a TV Globo “derrubou” o jornal do meio-dia e transmitiu os protestos de improviso, com equipes no solo e no ar); e o incêndio que destruiu o Palácio das Artes em 1997. Nessa ocasião, Luiz era chefe de reportagem na TV Manchete, que tinha a redação instalada no 16° andar de um edifício em frente ao teatro.
