quarta-feira, 25 de março de 2009

Jair Meneguelli debate política e relações sindicais

Cobertura realizada por estagiários da CPJ* e incluída no site da instituição

*Lucas Simões e Michael Eudes (Texto)
*Frederico Alves e Cassiana Parreiras (fotos)

Debate, polêmica — muita polêmica — entusiasmo e intensa participação dos alunos. Este foi o clima da terceira palestra do programa “Conexão, Conhecimento e Mercado”, que recebeu o ex-sindicalista e deputado federal Jair Meneguelli, atual coordenador-geral do Fórum Nacional do Sistema S, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O encontro se deu neste dia 23, às 19h, no auditório do Campus Juscelino Kubitscheck, do Centro Universitário Newton Paiva, na Avenida Carlos Luz, 220.



Jair Meneguelli, coordenador-geral do Fórum Nacional do Sistema S, e o professor Luis Carlos de Souza Vieira, reitor do Centro Universitário Newton Paiva.



Com presença maciça dos alunos dos cursos de Direito e Administração, a palestra teve momentos acalorados, mas, apesar disso, o que prevaleceu foi um debate rico e produtivo entre platéia e convidados.No início do evento, o professor Luis Carlos de Souza Vieira reiterou que a instituição está aberta a sugestões dos alunos, pelo canal “Conversa com o reitor”, quanto às futuras palestras. Quando anunciou o nome do próximo palestrante — Jackson Schneider, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) —, ele mais uma vez enfatizou que o programa “Conexão, Conhecimento e Mercado” é, antes de tudo, “uma iniciativa democrática, para estimular o debate, com participação de pessoas de diversas tendências — pois este deve ser o papel de um centro universitário”.
Antes de Meneguelli discursar, o reitor fez uma breve apresentação do convidado, por meio de uma seqüência de fotos que mostraram momentos da luta sindical nos anos em que o país esteve sob a ditadura militar. Personagens históricas — do presidente Lula ao senador Antônio Carlos Magalhães — ilustram um pouco da trajetória do ex-sindicalista. “Observaremos hoje parte da história do Brasil”, declarou o reitor, pouco antes de chamar ao palco o palestrante.
Todos a postos, Meneguelli, de forma objetiva, falou de seus tempos de sindicalista. Contou que, até tomar posse como presidente do sindicato de São Bernardo, “não entendia nada sobre política e também não costumava ler nenhum livro”. O ex-sindicalista, que hoje se autodenomina “Jairzinho paz e amor”, pois já não se acredita tão efervescente como em seus tempos de atuação sindical, lembrou alguns dos momentos mais dramáticos de sua carreira, quando, em plena ditadura militar, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, por ter se referido ao general João Batista Figueiredo, então presidente da República, como “canalha”. Mesmo nesses momentos, narrados com muita emoção, Meneguelli se mostrou descontraído e bem humorado.

POLÊMICA

No entanto, Meneguelli fez pesadas restrições ao movimento sindicalista de hoje. O imposto sindical — verba que o governo repassa aos sindicatos — foi o principal alvo de suas críticas. Ele rotulou o imposto como “uma domesticação da força sindical”. Em sua opinião, essa prática contribui para a banalização dos sindicatos, pois “se torna um meio de vida dos diretores, que se esquecem de lutar pelos trabalhadores”.
O imposto sindical foi justamente o tema que elevou a temperatura do debate, pois foi ardorosamente defendido pelo sindicalista Gilson Reis, presidente do Sindicato dos Professores de Instituições Privadas. “Ele é fundamental para a sobrevivência dos sindicatos”, argumentou Reis.
No debate com os alunos, ao mesmo tempo em que defendeu uma urgente atualização da CLT — “ela é dos tempos do Mussolini!” —, Meneguelli também insistiu na necessidade de rever as relações entre o Estado e os trabalhadores, rebatendo as críticas dos que acusavam, de forma veemente, o governo Lula de, neste momento da crise econômica, “distribuir dinheiro para empresas privadas, em vez de priorizar outros investimentos”. — Mas, se não fosse a intervenção do Estado, teríamos mais demissões, afirmou Meneguelli.


Os estagiários Michael Eudes e Lucas Simões entrevistam Jair Meneguelli

“Emocionante!” — foi assim que a aluna do 4° período de Negócios Internacionais, Paola Dias Braga, 20 anos, definiu a palestra. Segundo ela, foi muito importante conhecer mais sobre as forças sindicais do país. O pró-reitor acadêmico, Sudário Papa Filho ressaltou a importância do encontro quando destacou a necessidade de os jovens se interessarem pelo debate político. Para o pró-reitor de planejamento, Eduardo Eterovick, “a intenção da palestra foi trazer a realidade política para os estudantes e isso foi conseguido”.
A estagiária Indhiara Souza entrevista o reitor Luis Carlos de Souza Vieira.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Caras Novas

Texto: Renato Vieira
Foto: Mariana Reis
Frederico Alves, Gabriel Roberto e Fernanda Ribeiro
Três estudantes de Jornalismo acabam de se juntar à equipe da CPJ. São eles: Fernanda Ribeiro, estudante do primeiro período, que obteve a nota mais alta no teste de seleção para novos integrantes; Gabriel Roberto, do terceiro período e Frederico Alves, também cursando o terceiro período. Os três se mostraram muito interessados em conhecer o processo prático de aprendizagem da Central. “A entrada na CPJ vai me ajudar a definir o rumo que devo seguir na carreira”, diz Fernanda. Frederico já teve outra oportunidade de estágio, mas ressalta que essa oportunidade lhe renderá bons frutos no futuro.
Sobre a expectativa do primeiro estágio, Gabriel está confiante de que a CPJ é o lugar ideal para começar e conhecer todos os processos do jornalismo.

Sejam bem-vindos!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Encontro com os Calouros

Cobertura realizada por estagiários da CPJ* e incluída no site da instituição
*Lucas Simões e Michael Eudes (texto)
*Jefferson Delbem (fotos)


Um auditório lotado, surpresas e uma expectativa que logo se confirmou. Foi assim a aula inaugural dos calouros do Centro Universitário Newton Paiva, que neste semestre contou com a ilustre presença do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes. O evento, realizado neste dia 17, às 19h, no Grande Teatro do Palácio das Artes, na Avenida Afonso Pena, foi mais do que a tradicional cerimônia de boas vindas aos calouros — foi uma lição de vida, de determinação e, principalmente, educação. Isso, segundo o próprio Marcos Pontes: “educação é o meio mais importante que qualquer país sério pode desenvolver”.

A solenidade começou com uma surpresa para a platéia. Os melhores alunos iniciantes do semestre passado “emergiram” no palco, aos poucos, por meio de uma estrutura móvel localizada abaixo do tablado, no fosso da orquestra. Quando, finalmente apareceram, com os certificados em mãos, foram ovacionados pela platéia.
Logo em seguida, com um breve discurso, o reitor Luis Carlos de Souza Vieira apresentou o grupo Splice, empresa que administra a Newton Paiva, bem como outros empreendimentos do grupo.
O astronauta Marcos Pontes


O reitor frisou a tradição da Newton Paiva e enfatizou a linha de atuação da Splice. “Nosso papel será juntar tradição e modernidade”. Sobre o convidado Marcos Pontes, o reitor afirmou que ele “é uma referência de superação, e de quem construiu uma carreira sólida dentro e fora do Brasil; uma pessoa que se dedica aos estudos”.

O reitor Luis Carlos de Souza Vieira com Marcos Pontes
O evento seguiu adiante com a tão esperada palestra do nosso primeiro astronauta, que ressaltou a importância da educação para o desenvolvimento de um país — “vejo a educação como o meio para um país serio progredir; hoje em dia, minha missão de vida é voltada para educação — por isso, eventos como o de hoje são muito importantes”. Outra característica frisada pelo astronauta foi a determinação como fator imprescindível para se buscar objetivos. Por isso, ele também elogiou o projeto de iniciação científica da Newton Paiva, pois em sua opinião “tem que existir essa conexão entre empresa e universidade, porque a empresa sabe o que precisa”.

Pontes dedicou a segunda parte de sua apresentação para contar, com muito humor, as curiosidades de sua viagem ao espaço. O astronauta lembrou desde a preparação para embarcar em uma missão, até o momento em que viu a terra por fora da atmosfera. “Parece infantil, mas naquele momento lembrei-me dos olhos azuis de minha mãe, que sempre disse para eu não desistir”, disse emocionado.
Arrancando risos da platéia, Pontes narrou situações que aqui seriam rotineiras, mas que tomam outra dimensão no espaço — como as refeições, as “dificuldades” para ir ao banheiro e o medo de alguns exames médicos. Já ao fim de sua apresentação, o astronauta, vestido com uma camisa que com a bandeira do Brasil, fez questão de lembrar que, “nossa bandeira não é só um pano; é nossa cultura e o sangue das pessoas que construíram esse país”.
O evento terminou com um show pop rock da banda Arthica, que levantou a platéia.

Os estágiarios entrevistam Marcos Pontes

IMPRESSÕES


O coordenador adjunto do curso de Direito, Gustavo Nassif, espera, com o programa de palestras, manter e até ampliar o intercâmbio dos alunos com a comunidade jurídica. “O mundo contemporâneo requer esse tipo de interação”, afirmou.
Já o coordenador e professor do curso de Fisioterapia, Geraldo Fabiano de Souza Moraes, explica como a iniciativa pode ser uma importante ferramenta para os alunos de sua área. “Esse programa é fundamental, pois assim nossos alunos têm acesso aos profissionais renomados no mercado e, com isso, uma noção das possibilidades profissionais que podem ter”.
Caloura do curso de Nutrição, Lívia Maria dos Santos Oliveira, de 17 anos, estava animada e elogiou o programa de palestras da Newton. “É importante, porque dá uma boa estrutura para o aluno”, disse. Também muito animado com os primeiros dias da faculdade, o calouro do curso de Engenharia Civil, Paulo Leandro Almeida Vilareal, 21 anos, não poupou elogios à palestra e do início de sua vida acadêmica na Newton Paiva — “Estou gostando da estrutura da faculdade, sobretudo, da proposta do curso, que me interessou bastante”.

terça-feira, 17 de março de 2009

Cobertura da Exposição "Mulher Mineira"

Cobertura realizada por estagiários da CPJ* e incluída no site da instituição
*Lucas Simões e Michael Eudes



A arte mais perto dos alunos da Newton Paiva. Essa é a proposta do grupo Splice, para que os alunos da instituição tenham um maior contato com a cultura. O início desse projeto se deu no último dia 12, às 19h, no pátio do Campus Juscelino Kubitschek, na Avenida Carlos Luz, 220, com a Exposição do Acervo Newton Paiva em homenagem à Mulher Mineira. A abertura foi um sucesso.

Os estagiários entrevistam o reitor Luiz Carlos de Souza Vieira

Um dos visitantes presentes ao evento, o reitor Luis Carlos de Souza Vieira ressaltou a importância da cultura no processo de aprendizagem. Segundo ele, “cultura e arte são fundamentais”. Quanto à exposição, muitos elogios aos quadros e ao tema, pois “a mulher é inspiradora”, disse.O pró-reitor acadêmico, Sudário Papa Filho, lembrou que a exposição está aberta também ao público externo — “arte não pertence apenas a uma pessoa; então, prioritariamente é uma mostra para nossos alunos, mas a exposição está aberta à visitação pública, principalmente à comunidade do entorno da Newton”.Organizada pela arquiteta Elizabeth Wey, que cuida de todo o acervo artístico do grupo Splice, a mostra está dividida em quatro salas temáticas. A primeira, denominada “Mulheres”, é composta basicamente de retratos de mulheres feitos a partir de técnicas variadas. A segunda, “Crenças e sonhos”, traz obras que têm temas como a espiritualidade e a religião. A terceira mostra incursões no tema “Flores e Frutos”. E, por fim, a sala “Lar, doce lar”. “Esta tem obras representando desde uma casa moderna, até casas da vovó — todas tipicamente mineiras”, ressalta Elizabeth, que ficou impressionada com o interesse demonstrado pelos alunos.

(Ao lado,Rodrigo Honório e Lucas Simões entrevistam o pró-reitor acadêmico Sudário Papa Filho)


INVESTIMENTOS CULTURAIS
“Não vai parar por aqui”, enfatizou o pró-reitor de planejamento, Eduardo Eterovick, referindo-se a eventos que estão por vir. O reitor Luis Carlos afirmou que a estrutura deve ser bem aproveitada e citou, como exemplo, o terraço do prédio do Campus Juscelino Kubitschek, “onde brevemente reabriremos outra área de convivência, onde acontecerão shows de rock e música popular.

Michael Eudes entrevista Eduardo Eterovick, pró-reitor de planejamento

Exposição Mulher Mineira

Matéria sobre evento da Newton Paiva realizada por estagiários da CPJ* e incluída no site da instituição

*Renato Vieira e Rodrigo Honório






“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais”, já dizia o mestre Guimarães Rosa. Nas artes, também sempre foi assim. Pois não foi aqui que nasceu o Aleijadinho, eterno patrono das artes brasileiras? E também não foi em Minas que sopraram os primeiros ventos do modernismo, com Alberto da Veiga Guignard? A partir desta quinta-feira, dia 12, o Centro Universitário Newton Paiva apresenta ao público a Exposição do acervo Newton Paiva em homenagem à “Mulher Mineira”. No campus da Avenida Carlos Luz, 220, artistas de tendências e épocas diversas dão sua visão da mulher mineira numa expressiva mostra, que, dividida em cinco planos temáticos, proporciona uma envolvente viagem pelos mistérios do universo feminino. Em planos denominados “Mulheres”, “Lar, doce lar”, “Flores”, “Crenças e sonhos” e “Paisagens”, a mostra apresenta obras de artistas tão impares quanto díspares — mas todos importantíssimos enquanto exemplos da pluralidade das artes mineiras —, de Chanina a Fani Bracher; de Yara Tupynambá a Augusto Rodrigues; de Mario Mariano a Selma Weisman, passando por Herculano, Petrônio Bax, Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse, Noêmia Motta, Olímpia Couto, Estevão, Virginia de Paula, Wilde Lacerda, Santa e Oliver, entre outros. Segundo a arquiteta Elizabeth Wey, organizadora da mostra, a intenção da exposição é não só valorizar a cultura dentro da exposição — esta, uma proposição firme do Grupo Splice, do qual faz parte a Newton Paiva —, mas também valorizar a mulher mineira. Por isso, afirma Elizabeth, a exposição terá um caráter itinerante — da Avenida Carlos Luz seguirá depois para o campus da Avenida Silva Lobo e deverá chegar também a Sorocaba (SP), em espaço do Grupo Splice.

Ficha técnica: Projeto arquitetônico – Studio Wey; Seleção de obras – Comitê Brasileiro de Cores “Cecal”; organização – Elizabeth Wey. SERVIÇO – A exposição fica em cartaz até o dia 30 de abril e pode ser vista, de segunda a sexta, das 8h às 21h; aos sábado, das 8 às 12h.