quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ouro negro das Minas Gerais

Nayara Carmo e Cica Alfer (fotos)

Quitutes que variam dos tradicionais licores e geleias ao exótico pastel e sorvete de jabuticaba. Quem visitou o 24° Festival da Jabuticaba em Sabará, nos dias 20 e 21 de novembro, pôde desfrutar dessas iguarias. O evento atraiu 11 mil pessoas para a cidade que é conhecida como a capital mineira da fruta. Estima-se que 100 mil litros da fruta foram vendidos.

O festival superou as expectativas dos produtores. Joel Soares levou 100 caixas para o festival e comemorava as vendas: ”Antes boa parte da produção era perdida. Agora, a venda da fruta in natura gera lucro para nós”, ressalta Soares.

E não é apenas a venda da fruta, em seu estado bruto, que é fonte de renda para a população. Produtos comercializados no Festival como vinhos, picolés, sorvetes e carnes ao molho de jabuticaba surpreenderam pela qualidade. A comerciante de geleia e licor, Dejanira Norberto, que participa do festival desde sua primeira edição, afirma que “os produtos clássicos como a compota, têm a preferência do consumidor, e esse público cresce a cada ano”.

Mas as novidades também atraíram nesse Festival. Carolina Huara, estudante do curso técnico de gastronomia, responsável pela criação do coquetel não alcoólico e do brigadeiro de jabuticaba, celebrava a aceitação. “Não esperava essa receptividade”, completa.

História

Nativa da Mata Atlântica, a jabuticaba não tem sua origem definida. Fato é que a fruta tornou-se mais comum no Brasil, especialmente em Minas Gerais, sendo uma de suas espécies batizada com o nome da cidade em que ocorreu o festival: jabuticaba-sabará (Myrciaria jaboticaba).

Geralmente, colhe-se uma vez por ano, a partir do mês de outubro, variando de acordo com a irrigação e o clima da região de cultivo. A jabuticabeira cresce lentamente, mas produz muito, chegando a 80 caixas (de 40 litros) por safra. Seu fruto é rico em vitamina C (12 mg/100g), fósforo (14 mg/100g) e cálcio (13 mg/100g).

A fruta não é utilizada apenas para fins culinários; ela é também utilizada para uso medicinal, como a casca como remédio alternativo para asma. A madeira, por ser muito resistente, pode ser utilizada para vigamentos, esteios e dormentes.

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