quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tiririca, dos males o menor


Por Henrique Paolinelli

As eleições realizadas no domingo passado foram marcadas por diversos momentos. O inesperado racha entre Dilma e Serra no segundo turno, ascensão de Marina Silva, queda de velhos caciques, como Marco Maciel, e a entrada em cena de alguns emergentes — Romário, Marques etc. Entre os emergentes, no entanto, nada superou a grande votação que recebeu o palhaço Tiririca.

Outros não menos famosos — alguns por estarem envolvidos em escândalos de corrupção — foram escolhidos pelo povo brasileiro com grande votação e vão esperar o “alvará” da ficha limpa. Figuras como Newton Cardoso, Eduardo Azeredo, Anthony Garotinho e vários outros, tiveram grande número de votos em seus estados. No Distrito Federal, vimos Joaquim Roriz, com medo de ser barrado pela ficha limpa, dar lugar a sua mulher, Weslian Roriz, que mesmo depois de tantos escândalos do marido, conseguiu passar para o segundo turno.

Grande parte do eleitorado brasileiro parece não ligar muito para a ficha de seu candidato. E também não quer saber de suas experiências políticas. De certa forma, isso pode ser explicado pela falta identificação política de uma parcela da sociedade. A grande esperança agora é o Supremo Tribunal Federal – STF, que vai dar continuidade ou não a candidaturas de pessoas que, ao invés de estarem concorrendo a uma vaga na política, deveriam estar, no mínimo, afastados dela. Ou então, disputando outro tipo de vaga, de preferência, nas lotadas prisões de segurança máxima.

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