Repórteres estagiários da Central de Produção Jornalística – CPJ
O movimento “Saia às ruas” nasceu do bate boca travado entre Gilmar Mendes e o também ministro do STF, Joaquim Barbosa, em abril deste ano. Na ocasião, Barbosa acusou o presidente do Supremo de “estar destruindo a justiça brasileira”, e chamou o ministro para “sair às ruas” e enfrentar o povo.
Estudantes de jornalismo de várias faculdades aproveitaram para protestar contra a decisão do STF, de por fim a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Os estudantes fizeram coro com gritos de “Fora Gilmar!”.
A universitária Débora Martins Ferreira, que está cursando o 2º período de jornalismo, considera fundamental o movimento e se mostrou indignada. “É muito importante manifestarmos, pois não é à toa que estamos fazendo faculdade. Não estamos investindo na nossa profissão pra qualquer um conseguir ocupar o mesmo cargo que a gente”, desabafou.
Indhiara Souza, que cursa o 4º período de jornalismo, acha difícil que a decisão do STF possa ser revertida. Mesmo assim, a universitária participa do protesto: “Eu acho que podemos manifestar pra deixar registrada a nossa indignação”, explica. Para ela, o que mais pode afetar a classe dos jornalistas é o salário, devido a desvalorização do profissional. Apesar disto, a estudante ainda mantém as expectativas. “Vou continuar estudando”, afirma.
Gilson Reis, presidente do Sindicato dos Professores de Instituições Privadas (SINPRO), também apoia a manifestação. “É preciso pressionar o Supremo Tribunal Federal e também o Congresso, porque no mínimo o que devemos agora exigir é que seja regulamentada essa profissão. Impondo uma derrota ao Supremo mesmo que eles tentem desvirtuar uma profissão tão cara à democracia de um país”, afirma.
Para Gilson Reis, se o Supremo não tiver a capacidade de reverter, que pelo menos este movimento faça pressão sobre outras instituições, como a Câmara dos Deputados. “Temos que pressionar para que acelere o processo de debates, que seja aprovada urgentemente uma proposta de regulamentação da profissão de jornalista”, ressalta.
A reforma política é necessária para limpar a sujeira do poder brasileiro, mas como e quando? Acredito que a mobilização nacional só será realizada no dia em que cada braisleiro sentir nos bolsos o peso das decisões desmedidas e absurdas dos poderes. Afinal, você só toma uma atitude quando se vê prejudicado e sente que sua individualidade é afetada. Não é?
ResponderExcluirBrasil = Colonização = Direitos concedidos = Capitalismo garante conforto e fica tudo bem
É sim Eudes, mas a maior parte das pessoas é tão acomodada e desinformada que não sabe e nem quer saber quem tem direitos. Solução pra isso? A curto prazo não vejo?
ResponderExcluirnão seria a solução mas poderia ajudar e muito, pararmos de falar, criticar e reclamar dos outros que não fazem e começarmos a fazer pelo menos a nossa parte.
ResponderExcluirTodo o brasileiro é prejudicado. Cotidianamente. E todos eles sentem, só que existe uma coisa que chama tempo, vem aliada de conformismo e o velho sentimento de "não tem jeito". É isso aí. Porém, cabe a nós, que alimentamos esse espírito de mudança, fazer alugma coisa, oras. Meter a lenha em senador numa matéria de capa é bom. Mas, não é só. Ser jornalista é também ser cidadão. E pensar em formas de mudar, sem utopia, mudar mesmo.
ResponderExcluirAcho que isso aqui que o blog da CPJ começa a fazer já é alguma coisa: debate.
Gilmar Dantas como disse a Laura... hahahah essa foi boa!
ResponderExcluirAcho que não é o fim do mundo, realmente a profissão fica desvalorizada com a não obrigatoriedade do diploma. Mas acredito que o maior prejudicado nisso tudo é o salário. Para quem é bom, tem sempre espaço. Precisamos agora é nos especializar cada vez mais, buscar realmente um diferencial. A luta por uma profissão valorizada deve continuar, é triste ver esta desvalorização, mas não podemos desistir! Vamos batalhar pelo nosso curso!
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ResponderExcluirAs manifestações servem para mostrar que nós não vamos aceitar essa decisão de braços cruzados, mas não acredito que precisamos de ações maiores que envolvam todos. Precisamso mostrar que a população também é contra essa decisão e não apenas nós jornalistas.
ResponderExcluirPode ser que a profissão fique desvalorizada e busquem até outros "profissionais" que não possuem nenhum curso para exercer-lá, mas acho que isso não vai acontecer. Há outras áreas na Comunicação que também não exigem diploma, mas nem por esse motivo o profissional da área foi desvalorizado, muito pelo contrário, o mercado está mais competitivo e procurando gente mais capacitada para o exercicio da profissão. Alguns veículos conceituados disseram que não vão abrir mão do diploma na escolha de um candidato, pois eles sabem do comprometimento com a informação e a responsabilidade social dessa área.
ResponderExcluirConcordo cabalmente com o Sr. Simões!
ResponderExcluirTemos que acabar com esse "não tem jeito", esse conformismo que não leva a nada! Ou leva neh... nos deixa cada vez mais oprimidos, sem consciência para exigir nossos direitos.
Devemos agora é exigir que a nossa profissão seja regulamentada!
Acho que cada um fazendo a sua parte, protestando, debatendo ou participando de manifestações poderemos conseguir isso!
Caros a reportagem ficou ótima.
ResponderExcluirAgradeço pela divulgação e apoio de vocês.
Att.,
Laura Furquim Xavier
MSR-Belo Horizonte
A desvalorização do diploma vem de muito tempo, com instituições de ensino de baixa qualidade, ter o diploma não garante competência para ninguém, sou a favor não do diploma e sim da qualidade. Se a pessoa sem formação acadêmica conseguir exercer as funções com eficiência não vejo problema. Isso serve para todas as profissões não só para o jornalismo.
ResponderExcluirA questão nesta postagem em si, não é a queda da obrigatoriedade do diploma. A manifestação foi contra Gilmar 'Dantas' e todas as peripércias que nosso grande ministro vem fazendo dentro do STF. Mas... já que mais uma vez entramos nesse assunto, vamos debater né? Venho novamente com minha postura, segundo alguns 'colegas', radical e como meu sonho de 'socialismo barato'; discordar do Fred e da Marília quando dizem que não é o fim do mundo e que essa decisão não altera muita coisa no cenário do jornalismo. Não é o fim do mundo AINDA, mas foi justamente por pensar assim que chegamos a essa situação. Por acharmos que nunca iriam banalizar nossa profissão e de fato, é isso que vem acontecendo. BANALIZAÇÃO. Independente de existir outras áreas que exigem ou não o diploma, temos que falar apenas por nós e não é nem na questão salarial. Informação é coisa séria e não é qualquer 'José' que vai saber fazer o papel do jornalista com a devida qualidade. E caro Fred, se pra você o que importa realmente é eficiência, que tal colocarmos um açogueiro com 20 anos de profissão pra operar pacientes? Afinal, ele tira bifes como ninguém. Voltando a Gilmar Mendes, ele deixou claro que essa foi apenas a primeira de muitas profissões que irão sofrer o mesmo 'golpe'. como diria o poeta: conformismo gera incompetência.
ResponderExcluirCaramba, to vendo que o debate tá acirrado galera, e isso é bom, é ótimo aliás. Quero manifestar minha indignação contra esse golpe duro que o jornalismo brasileiro sofreu. Concordo com a Dayse, acho que a desregulamentação tende a desvalorizar sim, tanto a profissão como o curso de jornalismo. O jornalismo não é algo banal que se aprenda em uma conversa de porta de buteco. Jornalismo é uma arte que precisa ser estudada e aprimorada sempre, e é também uma ciência que que lida com teorias e práticas da comunicação. Duvido que alguém que não tenha o devido preparo acadêmico vá conseguir tratar a notícia de forma adequada para o benefício da sociedade. É por isso que precisamos nos manifestar contra esse retrocesso e estimular mais e mais debates. Temos que pressionar as autoridades políticas regionais e nacionais para que a nossa profissão seja regulamentada devidamente valorizada pelos poderes e pela sociedade a quem servimos. Abaixo a banalização!!!
ResponderExcluirA não obrigatoriedade do diploma não me agrada, acho que é valido protesto e tudo mais, mas acho que podemos olhar um lado que poucos estão olhando, devemos discutir o baixo nível das instituições de ensino superior, qualquer um consegue se formar. Se uma pessoa com diploma fosse sinônimo de competência, com certeza eu seria o primeiro a me revoltar, mas não é.
ResponderExcluirComo havia dito na postagem anterior, a luta por uma profissão valorizada deve continuar, claro. Realmente acho que é importante ter técnicas para exercer a profissão. Elas são fundamentais para tal. E como disse, realmente não é o fim do mundo,eu realmente acredito nisso. Mas é ruim saber que tudo aquilo que você aprende em anos de estudo é considerado insignificante.
ResponderExcluirComo a Dayse disse, outras profissões estão para sofrer o mesmo. É muito triste presenciar isso. É MUITO ridículo, tantas pessoas lutam para conseguir ter um curso superior, e daí surge alguém que, acha, simplesmente acha que pode mudar e fazer o que bem entender com o curso dos outros. Isso é abuso. Como disse, temos que lutar pelo nosso curso, pela nossa vaga no mercado. Isso depende da nossa vontade. Tanto de protestar quanto de buscar a qualificação profissional. Ontem mesmo, soube de gente que pretendia prestar vestibular pra jornalismo e, simplesmente desistiu. Não podemos ser assim, não podemos desanimar. É desistindo que se abre espaço para outros no nosso lugar.
Gente questões pertinentes estão sendo levantadas!
ResponderExcluirComo disse o nosso colega de redação, Dionathan jornalismo não pode ser banalizado!
Exige-se do profissional “experiência de vida”, mas não é algo que se aprenda em "porta de buteco". Concordo com o Frederico quando ele questiona a qualidade das instituições de ensino superior, mas não acho certo usar esse argumento para deixar de lado a exigência — seja qual for a área de atuação — do diploma.
É como a Dayse disse e também foi o que o jornalista Carlos Chagas (que eu considero um articulista reacionário) falou logo que o STF tomou essa decisão.
Pq não dar para um açougueiro experiente uma paciente que precise fazer alguma cirurgia? “Afinal, ele tira bifes como ninguém”
Podem até existir péssimos profissionais no mercado com diploma, mas um dia eles irão quebrar a cara... enquanto isso acontece por aí de médicos diplomados que deixam mulheres deformadas ao fazer um cirurgia plástica. Já aconteceu isso inúmeras vezes!
ResponderExcluirPodemos concordar então, como disse o Fred, que o nível das instituições de ensino é que deveria ser discutido, a grade curricular, a especialização... e não voltarmos à essa questão do diploma, mas graças à suprema decisão retrocedemos.
O grande problema que vejo e que parece ser consenso de todos, é a desvalorização que a àrea de comunicação sofre. Todos que não dominam a àrea proclamam-se jornalistas, publicitários e relações públicas sem ter o menor conhecimento de causa. Infelizmente, não concorremos apenas com aqueles que partilharam da mesma formação acadêmica que nós. Somos alvo da concorrência desleal do filho de um amigo dos nossos pais que sabe mexer no corel (na verdade ele só sabe o que é a seta de selecionar) ou do filho do chefe que pensa que sabe escrever um artigo ou fazer um site.
ResponderExcluirAo meu ver as pessoas que decidiram pela não obrigação do diploma nos veêm (pela nova norma ortográfica essa palavra está certa? ehehehe!) como meros transmissores de informação. O que é uma pena porque quando essa decisão ditatorial foi tomada ninguém nos perguntou a nossa opinião e aqueles que nos representaram não tiveram força suficiente para persuadir a "liga da justiça" (stf) a desistir dessa idéia absurda
Nossa profissão foi desvaloralizada sem dó pela não obrigatoriedade do diploma. O salário que já não era dos melhores tende a cair, teremos concorrentes no mercado que não investiram o tanto quanto nós mas que serão aceitos por causa do tal 'dom' jornalístico. A meu ver, esse dom é composto de 1% de inspiração e o resto de transpiração, ou seja, de muito esforço, estudo e anos em uma faculdade. Dom por dom, vamos colocar na política aqueles que julgamos serem justos e que tem o mínimo de respeito às profissões. Dom por dom, a gente vai operar com um índio ou curandeiro (sem preconceito às crenças) e deixa de lado os conhecimetos de quem passou anos estudando medicina.
ResponderExcluirA regulamentação da profissão de jornalista se deu há mais de 40 anos em um período absolutamente conturbado, a ditadura militar. Porém, ao contrário do que dizem crápulas como Gilmar Mendes, a regulamentação foi um CONQUISTA da categoria alcançada após muita luta.
ResponderExcluirDesregulamentar a profissão de jornalista significa, trocando por miúdos, elevar o controle ideológico sobre a informação que produzimos e potencializar a precarização do trabalho, rebaixar salários, aumentar o uso de "frilas fixos", PJ, aumentar a carga horária etc.
A decisão do STF veio para atender aos interesses da patronal, do grande capital que detém o controle monopolizador dos meios de comunicação.
Concordo plenamente com todos os que afirmam que hoje os cursos de comunicação são de péssima qualidade, tecnicistas e submersos em uma visão neoliberal de mundo que massacra o jornalismo tornando-o uma ferramenta de interesse privado da burguesia e não um espaço de utilidade pública.
Mas isso não justifica a desregulamentação. Acabar com a exigência do diploma não tem nada a ver com democratizar o jornalismo Temos que lutar contra a decisão do STF e por melhorias na nossa formação acadêmica.
Estudantes e trabalhadores (jornalista é trabalhador como qualque outro) devem estar lado a lado nesse momento.
Pelo Visto Gilmar Mendes continua desagradando a todos. Agora estamos aguardando o escandalo das poupança. Gilmar Pediu para finalizar o caso do povo x banco.
ResponderExcluirAcompanhe no nosso blog www.saiagilmar.blogspot.com e opiniem se você acha que Gilmar Mendes vai ajudar a população ou banquerios.